Viemos de uma geração em que casamentos eram para a vida toda, um modelo de relacionamento de dependência, no qual buscávamos no outro a nossa metade. Escutávamos muito a frase: “Em um casamento temos que engolir sapos,” e olha que não eram pequenos! E com o papo cheio de sapos íamos caminhando na vida, muitas vezes esquecendo quem somos, pois primeiro vinha a família, a casa, marido e quando tudo estava em ordem, se sobrasse tempo e disposição, podíamos nos lembrar de nós.
Muitos dos casamentos de “sapos engolidos”, foram desintegrando-se e hoje percebemos um grande número de pessoas sozinhas, reaprendendo a relacionar-se dentro desse novo conceito de relação, com tanta modernidade.
Precisamos aprender a conviver com nós mesmas e perceber que apesar da falta (do outro), somos inteiras. Temos que nutrir a nós mesmas e não nos despersonalizar, abandonando nossas características para nos adaptarmos a um outro, como eram as relações anteriores.
Para que isso aconteça, precisamos buscar sempre a evolução, e dentro dessa evolução entra a busca da realização das nossas necessidades e desejos para depois oferecer algo ao outro. Li uma vez em um livro de ajuda a educação de filhos que; precisamos primeiro estarmos bem, felizes, para depois conseguir oferecer ajuda ao próximo. Isso não é egoísmo, mas uma verdade, pois quando estamos em um avião e esse despressoriza, primeiro nos nutrimos de ar, para depois nutrir os filhos e outros.
Nessa nova jornada estamos só, mas completas de si mesma. Ao invés de buscarmos a outra metade, o príncipe ou um salvador, vamos buscar um companheiro, um parceiro.
Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Você pode gostar e desejar a companhia, mas não precisa dela para viver!