Neste último dia 9 de abril veio a falecer o príncipe Philip, da Inglaterra, aos 99 anos, após um longo período hospitalar e em meio a um momento movimentado para a família real. Dono de um humor ácido e amante de táxis, Philip foi uma aparição peculiar no Palácio de Buckinghan, com um passado doloroso e um grande interesse pelos mais variados assuntos.
Philip nasceu na ilha grega de Corfre, em 10 de junho de 1921. Sua Alteza Real era filho do então príncipe da Grécia Andrew e da princesa dinamarquesa Alice de Batterberg. No entanto, mesmo sendo príncipe de ambos os países, ele e sua família foram banidos, sendo refugiados na Itália, em 1922, após um golpe.
Com a dissolução da família, sumiço do pai e saúde mental debilitada da mãe, Philip foi criado por familiares desta e adotou o sobrenome Mountbatten como uma homenagem anglicizada aos Battenberg. Cresceu em um internato e desistiu da vida escolar ao entrar para a academia naval Britannia Royal, em Dartmouth, momento este que a Grã-Bretanha enfrentava ameaças da Segunda Guerra Mundial. Essa também foi a época em que conheceu Elizabeth, durante uma visita oficial do rei George 6°, pai da rainha.
Mesmo servindo na guerra, Philip e Elizabeth mantiveram o contato por cartas. Quando a Inglaterra se fez vitoriosa e a guerra teve fim, recebeu permissão para casar com a então princesa, em 20 de novembro de 1947. No entanto, isso só aconteceu após mudanças extremas em sua vida: se naturalizou britânico, deixou o título de príncipe estrangeiro e ingressou na igreja Anglicana.
Nesse momento, recebeu o título de Duque de Edimburgo diretamente do rei. Quando este faleceu precocemente, em 1952, Elizabeth subiu ao trono como Rainha e Philip recebeu o título de príncipe consorte, prestando apoio e companhia a ela. Dessa forma, deixou sua vida naval quase completamente naquele momento.
Philip foi considerado um pai rígido, porém, presente e amoroso, para os seus 4 filhos, Príncipe Charles, Princesa Anne, Príncipe Andrew e Príncipe Edward. Sua vida familiar era motivo de orgulho e seu trabalho no palácio lembrado com honra, principalmente pelos curiosos almoços informais que organizava para que Elizabeth conhecesse pessoas de diferentes nacionalidades.
Um ponto importante sobre o príncipe foi seu amor pelas inovações tecnológicas e seu apreço por bugigangas extravagantes. Inclusive, isso rendeu histórias engraçadas e rumores muito repercutidos pelo mundo. O mais surpreendente foi o documentário que fez para a BBC, em 1956, The Royal Family, em que apresentava a família real de uma forma íntima e pacífica.
Por vezes, seu humor irônico tomava força e o príncipe cometia gafes. Era nesses momentos que a família precisava tomar a frente e interceder.
Vindo de um ambiente completamente diferente e tendo uma história tão forte, fazia questão de estar em diversos eventos oficiais da coroa, chegando a visitar 143 países durante seus anos ativos. Além isso, atuou como presidente, patrono ou membro de quase 800 organizações, tendo como maior destaque a criação do Prêmio Duque de Edimburgo que premia jovens por seus trabalhos voluntários ao redor do mundo.
Mesmo após a sua morte, seu trabalho de caridade e como ativista pela causa ambiental, sendo presidente do WWF britânico, é uma marca na história da Realeza Britânica. Philip foi reconhecido por sua visão jovial do mundo e merece ser lembrado hoje e sempre por suas conquistas.
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